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domingo, 3 de janeiro de 2016

Deserto do Atacama - Introdução / Atacama Desert - Introduction

Pensa num lugar diferente... pois é... Não importa onde você mora, com certeza você não deve ter visto nada parecido. E é lindo! E as pessoas são legais! E a comida é boa! E a estrutura é muito boa! Este é o Deserto do Atacama, no Chile.

De São Paulo pegamos um voo para Santiago e de Santiago para Calama. De Calama você pega um transfer até San Pedro de Atacama. Nós fizemos isso pela Licancabur que nos cobrou 20.000 pesos chilenos (32 dólares) ida e volta até o hostel.

Ficamos no hostel Siete Colores. É uma graça, fica à 10 minutos a pé do centro, é seguro e muito limpo e os funcionários são muito prestativos e atenciosos. E tem café da manhã e wi-fi. No hostel pagamos, ao todo, para duas pessoas, 450 dólares (26 a 31 de dezembro).
Hostel Siete Colores
@funfactsforfoodies

O Atacama fica na região da Antofagasta, ao norte,  e se estende até a fronteira com o Peru sendo que San Pedro de Atacama fica bem próximo à fronteira com a Bolívia e a Argentina. É considerado o deserto mais alto e mais árido do mundo. Então - parênteses - se prepare. Vai secar tudo: pele, nariz, olhos e boca. Hidratante, soro e demais apetrechos na mala! Não é brincadeira. "Ah, mas quando tá seco na minha cidade eu não me sinto mal com isso"! Mas lá vai sentir. Eu garanto.

Voltando. Essa aridez é porque como o deserto é alto, as correntes marítimas do Pacífico não conseguem passar para o deserto. Não chega lá. Chove antes. Nós fomos agora no final de dezembro. Verão. Mesmo assim a gente não sofreu muito com o sol. Entretanto as temperaturas podem variar muito com mínimas de 8oC à máximas de 30oC. Isso merece um parágrafo. Vamos lá.

- Quando faz 8oC? De manhãzinha e à noite. De manhãzinha você está saindo para os passeios. Eu levei duas blusas (pra revezar) daquelas de fazer trekking, leves, pois a sensação térmica de 8oC lá não é tão ruim. Pensa que é como se fosse 18oC aqui. E pra de noite, pra jantar, eu ia com uma corta vento bem leve também (Uniqlo) por cima da blusinha, às vezes shorts, às vezes calça jeans e um tênis tipo All Star.

- Quando faz 30oC: durante o dia. Eu usava roupa de ginástica e tênis, óculo de sol e boné. Bastante água e protetor solar são fundamentais.

- Quando faz -9oC: no passeio dos Gêiseres. Casacão polar, meião por baixo da calça, luva, gorro, cachecol e tudo mais.

Roupa para o dia dos Gêiseres
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Roupa para de manhã ou quando estiver ventando
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Roupa para o dia
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Parece bem complicado fazer a mala. Sim, tem bastante roupa diferente pra colocar. Mas pensa que você não vai suar, rs! Então pode levar poucas peças (às vezes uma) de cada.

E quanto à altitude pode ser que você chegue, nos passeios, à altitudes de quase 5000m. Isso é muita coisa. Pra se ter uma ideia, São Paulo está à 760m acima do nível do mar. Vai faltar ar. Faça tudo devagar, nada de correr, pular, andar rápido. Coma mais leve e evite beber nos primeiros dias. E deixe pra fazer os passeios de maior altitude do meio para o fim da viagem. Folhas, chá e balas de coca podem ajudar.

No primeiro dia (26/12) supostamente tínhamos a tarde livre mas nosso voo atrasou bastante então foi só chegar no hostel e dormir.

O wikipedia é uma boa fonte de informação sobre o Atacama (clima, história, formação) e eu recomendo que você leia: é muito interessante! Se eu não fosse tão preguiçosa, até poderia resumir aqui. Não será o caso.

Deserto do Atacama: https://pt.wikipedia.org/wiki/Deserto_de_Atacama
Cultura do Atacama: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_atacamenha







domingo, 23 de agosto de 2015

Food for Thought literalmente... E um prato que torna qualquer ser humano mais evoluído!

Essa semana fui assistir uma palestra na USP de São Carlos, em ótima companhia, da professora Suzana Herculano-Houzel. Não só porque ela é ótima cientista e grande divulgadora da ciência (e suas dificuldades) no país, mas também porque ia falar sobre duas coisas que eu adoro ao mesmo tempo: evolução e alimentação!

National Geographic
Ou, mais precisamente, o que nos faz - ou nos fez - humanos? Afinal, nosso cérebro é bastante grande para o tamanho do nosso corpo, consome muita energia comparado ao seu tamanho e tem o córtex cerebral mais densamente povoado de neurônios.

De acordo com estudo de 2012 da Dra. Herculano-Houzel (que desenvolveu um novo método para contar neurônios chamado apropriadamente de "sopa de cérebro") essas diferenciações no cérebro humano, que aconteceram mais ou menos a 1,8 milhões de anos atrás, podem ser ligadas diretamente à inovação de cozinhar.

Cozinhar, isso sim foi o que nos tornou humanos. Um gorila, o maior dos primatas, que se alimenta de alimentos crus, tem que comer 10 horas (!) por dia para manter sua massa corpórea. O cérebro, grande consumidor de energia, continua pequeno para seu tamanho corporal devido à essa limitação calórica. Para os demais primatas a relação é a mesma. Em resumo, não dá pra manter corpo grande e cérebro grande comendo alimentos crus e tendo no máximo 10 horas para comer.

Isso porque quando ingerimos alimentos crus nós conseguimos de 30% a 40% do seu potencial nutricional enquanto, ao cozinhar, nós chegamos a conseguir 100% do potencial energético do alimento. Aplicar o fogo ao alimento torna as fibras mais amolecidas, libera sabores, e torna mais rápido o processo de mastigação e digestão. Esse ganho na nutrição fez com que nossos antepassados passassem menos tempo comendo, conseguindo mais calorias! Essas calorias extras nos permitiram ter um cérebro muito maior que hoje consome 25% de toda caloria que você ingere! O tempo extra, que antes era gasto na busca por comida e mastigando, podia agora ser gasto com coisas mais interessantes como o desenvolvimento da cultura, da arte, da tecnologia...

O irônico é que hoje em dia basta ir à uma rede de fast food para, em 15 minutos, consumir todas as calorias necessárias em um dia... E qual a consequência? Aumento de peso. E qual a solução? Comer alimentos crus (vai uma saladinha aí?).

Bom, o artigo termina por aqui. Mas queria deixar outras duas coisas interessantes que vi essa semana, que valem a pena ser vistas neste domingo:

Trendwatching: quais são as 15 inovações de 2015 com potencial para ser realmente disruptivas?

Momento fofura: ilustrações fofas que mostram pequenos (grandes) gestos de amor! #partiupraticar.

Referências do texto:
http://www.ted.com/talks/suzana_herculano_houzel_what_is_so_special_about_the_human_brain
http://news.nationalgeographic.com/news/2012/10/121026-human-cooking-evolution-raw-food-health-science/
http://www.pnas.org/content/109/45/18571.full.pdf
http://www.suzanaherculanohouzel.com/lab


E, claro, vamos celebrar a estupidez, ops, evolução humana!

Macarrão ao Molho Cremoso de Funghi


@funfactsforfoodies

225g (meio pacote) de macarrão
225g de cogumelo portobello em fatias (ou um pacotinho de funghi secchi hidratado).
2 colheres de sopa de manteiga
2 dentes de alho picados
1/3 xic de vinho branco
1 xic de creme de leite fresco
1/2 xic de caldo de legumes (ou outro da sua preferência)
1 colher de sopa de vinagre balsâmico
Sal e pimenta do reino
Queijo parmesão para servir

Prepare e escorra o macarrão. Adicione a manteiga à panela, adicione os cogumelos, o alho e refogue. Adicione o vinho, o creme de leite, o caldo de legumes e o balsâmico e deixe ferver por uns 10 minutos até que o molho fique mais encorpado. Tempere com sal e pimenta. Sirva o macarrão com o molho e queijo parmesão ralado por cima.
Obs: se estiver usando o funghi secchi hidratado, faça o caldo de legumes com a água coada da hidratação para dar ainda mais sabor.

Essa receita eu tirei do ótimo Food52. Inspirador!

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